No episódio #59 do podcast Descobrindo Charlotte Mason nós exploramos uma das ideias mais transformadoras da filosofia de Charlotte Mason: as crianças nascem pessoas. Mas o que exatamente ela quis dizer com isso? E como esse princípio impacta nossa abordagem educativa em casa?
Acesse o artigo “Crianças nascem pessoas” aqui.
1. O que Charlotte Mason realmente afirma
Charlotte Mason inicia os seus volumes afirmando que “crianças nascem pessoas” — ou seja, as crianças não são meros projetos, tabulas rasas ou mini‑adultos em estado de construção.
Isso representa uma verdadeira revolução no pensamento educacional da época, elevando a criança à dignidade de pessoa desde o nascimento.
Compreender isso muda tudo na forma como nos relacionamos e educamos.
2. O que ela NÃO quis dizer
Logo após o primeiro princípio, Mason afirma que as crianças não nascem nem boas nem más, mas com tendências para o bem e para o mal.
Isso significa que não estamos diante de inocentes passivos ou de seres totalmente formados — e não de vítimas das circunstâncias ― mas de pessoas completas, com responsabilidade, vontades e capacidade moral, que precisam de treinamento e condições favoráveis para se desenvolverem.
3. Implicações práticas no lar e no homeschooling
Quando entendemos que meu filho é uma pessoa, o ensino muda:
– Enxergamos quem ele é, não apenas o que ele vai se tornar.
– Passamos a treinar a vontade dele, em vez de apenas entregarmos um monte de tarefas.
– Reconhecemos que educação não é somente transmitir conteúdos, mas formar caráter.
– Afirmamos que o papel da mãe/pai/educador é cooperar com o Espírito Santo na formação da criança.
– Valorizamos o uso das ferramentas da atmosfera do lar, a formação de bons hábitos e o cultivo de ideias vivas.
4. As três virtudes‐alimento: admiração, esperança e amor
Mason ainda afirma que as crianças devem viver “de admiração, esperança e amor” — ideias que alimentam a alma, cultivam desejo pelo bem e protegem da tirania interior como egoísmo, vaidade, etc. Este alimento é tão essencial quanto o ensino formal.
5. Como aplicar hoje na sua rotina
– Olhe para seu filho com olhos de eternidade: ele é feito à imagem de Deus.
– Pergunte‑se: Que ideias estou semeando? Que hábitos estou cultivando?
– Dê espaço para liberdade responsável: Oriente‑lhe com autoridade sadia, não omissa.
– Ofereça alimentação intelectual e moral: bons livros, conversas vivas, tempo na natureza.
– Lembre‑se: educação é uma jornada conjunta, primeiro somos formados nós mesmos como educadores.
Conclusão
Entender que as crianças nascem pessoas abre uma nova forma de educar. Não se trata apenas de conteúdo, mas de dignidade, formação, liberdade e impacto eterno. Se você deseja aplicar isso de forma prática em seu lar, continue conosco nessa série e acompanhe os próximos episódios do podcast.
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